Órbita

Prótese ocular à .....................

Aumento do diâmetro anteroposterior do bulbo ocular ......................

Cristalino ............... não caracterizado.

Cristalinos não caracterizados.

Bulbo ocular ................ de dimensões reduzidas, com calcificações grosseiras de permeio, de aspecto sequelar. Achados compatíveis com phthysisbulbi à ............

Presença de drusa à ..................

Sinais de descolamento de retina à ..................., com preenchimento do humor vítreo por material ...................... Achados compatíveis com descolamento de retina à .................., observando-se preenchimento do humor vítreo por material ................

Espessamento fusiforme dos ventres dos músculos ..................., com relativa preservação de suas inserções tendíneas, determinando proptose grau ....... à ................. Associa-se aumento volumétrico da gordura intraorbitária à ...................., contribuindo para a proptose. Achados compatíveis com orbitopatia tiroidiana.

Aumento volumétrico da gordura intraorbitária, à .................., determinando proptose grau .......

Há remodelamento ósseo caracterizado por ...................

Sinais de fratura do assoalho da órbita .............., que se encontra deiscente, com sinais de herniação da gordura ................ para o interior do antro maxilar homolateral (padrão em blow-out)

Sinais de fratura da lâmina papirácea ..........., que se encontra deiscente, com sinais de insinuação da gordura orbitária na direção das células etmoidais homolaterais.

Assimetria dos seios cavernosos, sendo o ................ maior, associado a dilatação da veia oftálmica superior e proptose homolaterais. Observam-se ainda sinais de ingurgitamento dos ventres dos músculos ................ Achados compatíveis com fístula carotidocavernosa à .......................

Sinais de deiscência da lâmina papirácea ....................

Sinais de deiscência das lâminas papiráceas.

Sinais de deiscência do canal óptico ............. (variação anatômica).

Sinais de deiscência do canal carotídeo ............. (variação anatômica).

Pneumatização do processo clinoide anterior ................ (variação anatômica).

CELULITE ORBITARIA

Aumento dos planos de partes moles superficiais na região periorbital direita, principalmente no seu aspecto medial e na região palpebral inferior, que apresenta extensão à região pós-septal junto ao epicanto medial, com realce e densificação da gordura extraconal deste lado, porém não se caracterizando espessamento do complexo muscular ou extensão intraconal.

Há sinais de envolvimento do saco lacrimal deste lado.

Espessamento e alteração de sinal da pele e do tecido subcutâneo da região periorbital esquerda, com extensão à gordura dos espaços pré e pós-septais e comprometimento dos compartimentos intra e extraconais da órbita homolateral, com intensa impregnação pelo meio de contraste paramagnético, determinando discreta proptose. Nota-se ainda espessamento e impregnação pelo gadolínio da camada interna do globo ocular esquerdo (coróide/retina), bem como sinais de comprometimento dos músculos retos superior e lateral da órbita deste lado.

Glândula lacrimal esquerda de difícil individualização, com alteração de sinal por provável contigüidade do processo acima descrito.

Assimetria dos seios cavernosos, sendo o esquerdo pouco maior com tênue abaulamento da sua parede lateral.

OPINIÃO: As características mencionadas favorecem a possibilidade principal de processo inflamatório / infeccioso acometendo a órbita esquerda e o tecido periorbital pré e pós-septais homolateral, com comprometimento dos espaços intra e extraconais e extensão à musculatura ocular extrínseca.

O processo inflamatório / infeccioso descrito apresenta sinais de extensão ao seio cavernoso esquerdo, com assimetria dos seios cavernosos, sendo o esquerdo pouco maior com tênue abaulamento da sua parede lateral.

Aumento das partes moles e densificação dos planos musculoadiposos das regiões periorbital, frontal, zigomática, malar e nasal esquerdas.

Imagem lentiforme com conteúdo hipoatenuante e focos gasosos de permeio, exibindo realce periférico fino pelo meio de contraste, adjacente à parede medial da órbita esquerda, medindo cerca de 1,8 x 1,4 x 0,4 cm nos maiores eixos, compatível com abscesso subperiosteal. Associa-se densificação da gordura extra e intraconal em seu aspecto medial, estendendo-se desde a região palpebral anteriormente até o ápice orbital. Nota-se aumento volumétrico e discreto realce dos músculos reto medial, reto inferior e oblíquo superior esquerdos, compatível com miosite por contiguidade. Estes achados determinam proptose e deslocamento lateral das estruturas intraorbitais, com discreto estiramento do nervo óptico. Esta coleção mantém contato com um foco de descontinuidade óssea da lâmina papirácea esquerda, notando-se comunicação das células etmoidais totalmente preenchidas por material hipoatenuante com a coleção acima mencionada.

A veia oftálmica superior e o seio cavernoso esquerdos apresentam opacificação normal pelo meio de contraste iodado, sem evidência de tromboflebite detectáveis por este método.

O conjunto de achados acima mencionado favorece a possibilidade de complicações orbitais à esquerda, secundária a sinusopatia etmoidal homolateral.

TROMBOFLEBITE SEIO CARVERNOSO

Achados compatíveis com volumoso aneurisma parcialmente trombosado no segmento cavernoso da artéria carótida interna esquerda, medindo cerca de 2,6 x 2,1 cm no plano axial, determinando expansão deste seio dural, promovendo discreta compressão da face mesial do lobo temporal esquerdo, insinuando-se ao interior da sela turca, determinando deslocamento contralateral do parênquima hipofisário.

Discreto aumento do volume da câmara anterior do bulbo ocular direito. O bulbo ocular direito apresenta discreta alteração de seus contornos.

Acentuado aumento das partes moles com obliteração dos planos músculo-adiposos das regiões periorbital, nasal, frontal, zigomática e malar direitas, notando-se tênues áreas hipoatenuantes e com realce capsular pelo meio de contraste iodado, não sendo possível afastar a possibilidade de pequenas coleções laminares de permeio. Este conjunto de achados favorece a possibilidade de alterações de natureza inflamatória, no contexto clínico apropriado.

O processo inflamatório densifica a gordura pós-septal dos espaços extraconais e retrobulbar direitos, notando-se aumento volumétrico dos músculos oculares extrínsecos que pode resultar de miosite por contiguidade ou mesmo de ingurgitamento venoso, no contexto clínico apropriado.

Nota-se intenso realce da bainha do nervo óptico direito, que pode resultar de alterações de natureza inflamatória neste contexto.

A veia oftálmica superior direita apresenta aumento de seu calibre, sem opacificação pelo meio de contraste iodado, com realce de suas paredes, não sendo possível afastar a possibilidade de tromboflebite associada. Também não se observa opacificação do segmento anterior do seio cavernoso direito, que pode resultar de extensão da tromboflebite da veia oftálmica superior homolateral.

O conjunto de achados acima mencionado determina proptose ocular direita. Devido à presença do aneurisma do seio cavernoso esquerdo, parcialmente trombosado, não é possível afastar a possibilidade de fístula carótido-cavernosa através do seio intercavernoso, com repercussão ao seio cavernoso direito. Entretanto, os sinais de trombose da veia oftálmica superior direita e do segmento anterior do seio cavernoso homolateral limitam uma análise mais detalhada desta possibilidade. Sugere-se, a critério clínico, estudo angiográfico digital para melhor elucidação desta hipótese.

DACRIOCISTOCELE

Dilatação do saco lacrimal direito, com conteúdo hipoatenuante e discreta impregnação periférica pelo contraste endovenoso. O conjunto dos achados descritos é compatível com dacriocistocele. A impregnação periférica pelo contraste endovenoso pode estar relacionada a alterações inflamatórias.

DACRIOCISTOPIOCELE

Infradesnivelamento do assoalho orbital esquerdo com acometimento da porção anterior do canal do nervo infraorbital, porém sem sinais de encarceramento muscular. Descontinuidades e irregularidades da parede lateral da órbita esquerda e tênue deiscência da lâmina papirácea homolateral, sem outras repercussões. Irregularidades e descontinuidades dos ossos nasais e dos processos frontais dos ossos maxilares, com desalinhamentos associados.

Descontinuidades do osso lacrimal esquerdo, estendendo-se à parede posterior do ducto nasolacrimal correspondente.

Achados compatíveis com dacriocistopiocele esquerda medindo cerca de 2,7 x 2,2 x 2,0 cm nos seus maiores eixos, exibindo realce capsular pelo meio de contraste iodado, acometendo a topografia do saco lacrimal, estendendo-se inferiormente ao segmento superior do ducto nasolacrimal. A coleção se estende aos planos músculo-adiposos do epicanto medial e da região malar à esquerda, estendendo-se também à gordura extraconal medial adjacente, em situação pós-septal, determinando abaulamento local e desvio lateral do bulbo ocular. Não é possível afastar a possibilidade de obstrução no nível da válvula de Krause esquerda devido aos traços de fratura acima mencionados no osso lacrimal.

ORBITOPATIA TIREOIDEANA

Acentuado espessamento fusiforme de todos os ventres musculares da musculatura extrínseca orbitária, com relativa preservacao de suas insercoes tendineas, mais acentuado nos retos inferiores e mediais e superiores/levantador da pálpebra, de forma bilateral e relativamente simétrica. Observa-se obliteracao dos planos gordurosos da gordura intrabulbar, que se apresenta proeminente.Tais achados determinam em conjunto acentuada proptose dos bulbos oculares e retificação dos nervos ópticos. Os ápices orbitários estão livres, sem sinais de compressão significativa sobre os nervos ópticos. Os achados acima descritos são compatíveis com alterações relacionadas à doença de base.

Os ventres dos músculos retos inferiores, mediais e superiores apresentam dimensões no limite superior da normalidade. Entretanto, nota-se acentuada proeminência da gordura intraorbital, determinando proptose ocular bilateral.

Opinião: Os ventres dos músculos retos inferiores, mediais e superiores apresentam dimensões no limite superior da normalidade. Entretanto, nota-se acentuada proeminência da gordura intraorbital, determinando proptose ocular bilateral. Este conjunto de achados não é específico, mas pode ser encontrado em pacientes portadores de orbitopatia tireoidiana com predomínio gorduroso, no contexto clínico apropriado.

VOGT

Persiste o exsudato subrretiniano bilateral e simétrico nos bulbos oculares, associado a espessamento escleral.

Hipersinal na sequência FLAIR volumétrica dos nervos vesitbulococleares, porém sem realces anômalos ou caracterização de nódulos.

ID: O conjunto de achados descritos dos bulbos oculares, bem como nos nervos vestibulococleares, em conjunto com os achados descritos na história clínica, podem estar relacionados à doença de Vogt-Koyanagi-Harada, porém esta hipótese deve ser correlacionada com toda a clínica do paciente e critérios específicos para esta doença, bem como o estudo de fundo de olho, não se podendo afastar de forma inequívoca outras hipóteses.

NEURITE SJOGREN

Espessamento e hipersinal em T2 do segmento intraorbital do nervo óptico direito, com realce intenso e homogêneo do mesmo após a injeção do agente de contraste paramagnético.

TOLOSA HUNT

Destaca-se tênue hiperintensidade em T2 / FLAIR do músculo reto medial direito que se estende ao ápice orbitário e à porção anterior do seio cavernoso homolateral, apresentando discreta impregnação após a injeção do agente de contraste paramagnético.

OPINIÃO: Proptose à direita associada ao comprometendo orbitário e do seio cavernoso homolateral, cujas características favorecem a possibilidade de processo inflamatório (pseudotumor inflamatório). A possibilidade de síndrome de Tolosa-Hunt com comprometimento orbitário (músculo reto medial) deve ser considerada.

LINFANGIOMA

Imagem multicística, multiloculada, ocupando o segmento superomedial da órbita esquerda, com componentes nos espaços intra e extraconais, pré e pós-septais, medindo cerca de 4,1 x 3,7 x 3,1 cm nos seus maiores eixos, mantendo contato com os músculos reto superior, elevador da pálpebra superior, reto medial e oblíquo superior adjacentes, bem como com a face medial da glândula lacrimal correspondente. Esta formação expansiva toca a superfície superior da bainha do nervo óptico, sendo que a veia oftálmica superior apresenta trajeto através da lesão, a qual também promove alargamento e remodelamento das paredes da órbita esquerda. Após administração endovenosa do meio de contraste iodado nota-se realce capsular e septal da formação multicompartimental acima mencionada. Discreta proeminência de estruturas vasculares venosas na região temporal esquerda, determinando discreto abaulamento local.

O conjunto de achados acima mencionado determina proptose ocular esquerda, não sendo possível afastar a possibilidade de malformação vascular linfática (linfangioma), dentre as hipóteses diagnósticas, no contexto clínico apropriado.

Formação expansiva septada, predominantemente cística, ocupando os planos musculoadiposos das regiões parietal, temporal, zigomática, orbital e malar esquerdas, determinando abaulamento local. Esta formação toca o bulbo ocular e a glândula lacrimal esquerdos, porém sem sinais de extensão pós septal. Nota-se discreto deslocamento posterior do bulbo ocular, bem como também promove alargamento e remodelamento das paredes da órbita esquerda. Após administração endovenosa do meio de contraste iodado, nota-se realce capsular e septal da formação multicompartimental acima mencionada.

O conjunto de achados acima mencionado favorece a possibilidade de malformação vascular linfática (linfangioma), dentre as hipóteses diagnósticas, no contexto clínico apropriado.

LINFOMA

Lesão expansiva localizada na topografia da glândula lacrimal e região palpebral à esquerda exibindo realce intenso e homogêneo pelo meio de contraste. Anteriormente estende-se à região pré-septal da porção superolateral da órbita esquerda, infiltrando também a pálpebra superior, determinando abaulamento e espessamento local da pele. Posteriormente estende-se a região pós-septal extra-conal da porção lateral e superior da órbita, mantendo contato com o músculo reto lateral e parede lateral orbitária, sem evidências de erosão ou remodelamento ósseo. Lateralmente infiltra a região periorbital lateral esquerda com abaulamento local. Medialmente mantém contato com o globo ocular e o músculo reto lateral esquerdos, sem nítidos planos de clivagem com estas estruturas. Após a administração do contraste observa-se intenso da lesão. A lesão não é específica, porém as possibilidades de lesão de origem linfoproliferativa e inflamatória podem ser incluídas no diagnóstico inicial.

TUMOR

Formação expansiva localizada na órbita esquerda, que apresenta atenuação de partes moles, medindo 2,0 x 2,2 x 2,0 cm nos seus maiores eixos transversos. Tal formação compromete os espaços intraconal e extraconal, predominantemente no espaço intraconal, sem plano de clivagem com ventre muscular do reto medial que se encontra deslocado superiormente, bem como com o músculo reto inferior que está deslocado lateralmente, Observa-se discreto remodelamento ósseo do assoalho orbital. Posteriormente, não há sinais de extensão ao ápice orbitário. Superiormente, tal formação mantém contato e desloca o nervo óptico homolateral. Anteriormente, apresenta-se restrita a região pós-septal, bem como determina acentuada proptose ocular esquerda. A lesão descrita apresenta focos de coeficientes de atenuação discretamente hiperatenuante que podem representar a conteúdo hemático ou de alta celularidade. Observam-se imagens ovaladas, serpiginosas, junto a lesão descrita, notadamente em seu componente posterior, não sendo possível afastar a possibilidade de estruturas vasculares. Assimetria das veias oftálmicas superiores, sendo maior à esquerda. A formação descrita não é específica e estudo por ressonância magnética pode auxiliar no diagnóstico diferencial.

Formação expansiva / infiltrativa heterogênea, com áreas espontaneamente hiperatenuantes (denotando alta celularidade) acometendo os planos músculo-adiposos da região periorbital esquerda, infiltrando as pálpebras e a conjuntiva ocular, notadamente em seus segmentos inferiores, determinando acentuada deformidade e abaulamento nestas topografias, sem nítidos planos de clivagem com a glândula lacrimal. Destaca-se tênue foco hiperatenuante na porção lateral da região periorbital esquerda.

Posteriormente a lesão circunda completamente o bulbo ocular esquerdo, notadamente em seu segmento inferior, com sinais de invasão do mesmo. O bulbo ocular esquerdo apresenta-se reduzido e deformado, com irregularidade de suas paredes, deslocado superiormente pela lesão. A porção remanescente das câmaras anterior e vítrea do bulbo ocular esquerdo apresentam conteúdo hiperatenuante, que pode resultar de material hiperproteico mesmo hemorrágico neste contexto.

A formação expansiva / infiltrativa acima mencionada infiltra o septo orbital, as inserções dos músculos oculares extrínsecos e a bainha do nervo óptico em seu segmento distal, obliterando parcialmente a gordura retrobulbar, com densificação dos planos adiposos adjacentes. Inferiormente nota-se infiltração dos planos músculo-adiposos da região malar esquerda, com abaulamento local.

Após administração endovenosa do meio de contraste iodado nota-se intenso realce heterogêneo de toda lesão.

O conjunto de achados acima mencionado não é específico, mas favorece a possibilidade de lesão de natureza neoplásica de alta agressividade, dentre as possibilidades diagnósticas, notando-se discreta proptose ocular esquerda associada.

POS OP RETINOBLASTOMA

Sinais de enucleação esquerda com interposição de prótese ocular. Não há sinais de formações expansivas ou áreas de realce anômalo no leito cirúrgico, que possam denotar a presença de lesão recidivada / residual detectável por este método.

Achados compatíveis com afilamento do nervo óptico esquerdo.